quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Inocente ou Culpado ?

Boa parte dos trabalhos de consultoria resultam em um "Plano Diretor", que juntam todas as idéias dos consultores e membros das equipes do cliente, e transformam as angústias e problemas em oportunidades e então as organiza em projetos como forma de
sentenciar o melhor futuro da empresa
, ou seja, se o plano for seguido, os objetivos serão alcançados e a "causa" terá sido ganha !

Passado algum tempo, algumas empresas culpam os Planos por não atingir melhores resultados, outras o seguem e obtem benefícios.
Mas onde estaria então a diferença ?

Pois bem, recebi pela Internet o conto abaixo que ilustra a sentença final do júri, e que mostra um advogado buscando argumentos para inocentar seu cliente. Ele (o "consultor" do caso) sozinho teve uma idéia brilhante...

>>>
Na Inglaterra um réu estava sendo julgado por assassinato...
Havia evidências indiscutíveis sobre a culpa do réu, mas o cadáver não aparecera.
Quase ao final da sua sustentação oral, o advogado, temeroso de que seu cliente fosse condenado, recorreu a uma estratégia arriscada:

- "Senhoras e senhores do júri, senhor Juiz, eu tenho uma surpresa para todos!"
- disse o advogado olhando para o seu relógio...

- "Dentro de dois minutos, a pessoa que aqui se presume assassinada, entrará na sala deste Tribunal."

E olhou para a porta.

Os jurados, surpresos, também ansiosos, ficaram olhando para a porta.

Decorreram-se dois longos minutos e nada aconteceu. O advogado, então, completou:

- "Realmente, eu falei e todos vocês olharam para a porta com a expectativa de ver a suposta vítima.

Portanto, ficou claro que todos têm dúvida neste caso, se alguém realmente foi morto. Por isso insisto para que vocês considerem o meu cliente inocente".
(In dúbio pro reo) na dúvida a favor do réu.

Os jurados, visivelmente surpresos, retiraram-se para a decisão final.

Alguns minutos depois, o júri voltou e pronunciou o veredicto:

- "Culpado!"

- "Mas como?" perguntou o advogado...

"Eu vi todos vocês olharem fixamente para a porta, é de se concluir que estavam em dúvida!

Como condenar na dúvida?"

E o juiz esclareceu:

- "Sim, todos nós olhamos para a porta, menos o seu cliente...

MORAL DA HISTÓRIA: "NÃO ADIANTA SER UM BOM ADVOGADO, SE O CLIENTE FOR ESTÚPIDO ".

Ou seja, de nada adianta termos um bom "plano" se o mesmo não for utilizado com inteligência, se não tiver a credibilidade necessária e se não tiver pessoas capacidadas para questioná-lo e colocá-lo em prática.

A "inteligência do cliente" está justamente em participar ativamente de sua construção e depois tomar o plano com interesse, detalhá-lo e executá-lo, com visão crítica, com foco nos custos e nos ganhos, corrigindo-o e reformando-o sempre que necessário...

A causa é perdida ("culpado !") quando se utilizam os planos apenas para justificar um orçamento maior, como forma de alavancar a carreira na empresa ou usar o verso do relatório final como rascunho !

Um comentário:

  1. Muito bom raciocinio, é o por isso que muitos profissionais de consultoria se frustram bem como os clientes, ambos em termos de expectativa de um bom resultado do trabalho desenvolvido.

    ResponderExcluir

Obrigado pela colaboração. Seu comentário logo estará publicado.